No último sábado, dia 18 , houve a inauguração do Ponto de Cultura Floresta Urbana, na Rua Ipiranga, 17, Jardim Califórnia, que contou com várias atividades, desde práticas integrativas corporais, exposição de arte, roda de história, círculo de cultura, brincadeiras e música. Ele fica localizado na Rua Ipiranga nº 17, Jardim Califórnia.

As atividades de preparação do espaço iniciaram com a Residência Artística e Intercâmbio Eco Cultural, com o artista grafiteiro Kelvin Bellinassi, de Itapetininga, que veio transformar as paredes da fachada da casa em uma grande Arte Mural, com a obra “Árvore da Vida”.

O secretário Municipal de Cultura e Turismo, Samir Bakhos Lahoud, prestigiou o evento, sendo recebido pela artista visual, agente territorial de Cultura e coordenadora do Ponto de Cultura Floresta Urbana, Soraia Nunes, pela artista plástica Ceiça Mendes e por Heloisa Sousa e Eliana Chueri, que também fazem parte do Ponto de Cultura Floresta Urbana.

No período da manhã, aconteceu a prática de Yoga Nativo com Soraia Nunes. Ela explica que o Yoga Nativo busca resgatar a nossa ancestralidade e a conexão com a terra, com a sabedoria ancestral dos povos indianos e indígenas.

As crianças são o grande foco das ações deste Coletivo, acreditando na força das sementes que, se bem cuidadas, podem germinar, brotar, florescer e frutificar. Durante a preparação do evento, elas foram se aproximando, curiosas com o movimento da casa que a cada dia se transformava. Ajudaram na pintura, na organização e na limpeza e descobriram os instrumentos musicais na sala de entrada. Foi assim que nasceu “Os Batuqueiros da Floresta”. E eles mostraram que não querem parar, tendo mais música em suas vidas e brincadeiras de criança.

“Eco Cultura e a reverberação de um mundo novo” foi o tema do Círculo de Eco Cultura realizado com a presença de pessoas da comunidade, amigos e artistas, como o professor de música e maestro João Carlos Kuntz, que trouxe várias questões, enriquecendo a roda de conversa. A importância da reconstrução de uma consciência social, pautada no bem-viver e nas práticas ancestrais dos conhecimentos dos povos nativos das florestas e do campo, foi a mensagem que ficou para todos os presentes.

A roda de História, sob o comando da artista plástica Ceiça Mendes, teve como inspiração alguns quadros da exposição. Ela falou sobre seus significados, símbolos e arquétipos femininos. Esse também foi um momento de grande interação onde todos puderam colocar em palavras seus sentimentos e sua imaginação.

Lembrando que a exposição “Caminhos de Água, Floresta e Alma” permanecerá no local até final de fevereiro e pode ser visitada aos sábados das 15h às 18 h.

Para encerrar o evento, Soraia Nunes e Regina Souza, bióloga, educadora e terapeuta encantaram a todos com a roda de canto, violão e percussão, fechando com chave de ouro esse dia mágico e histórico. Quem foi, saiu de lá com um brilho diferente no olhar e com uma semente plantada no coração.

“Agradecemos aos que estiveram conosco participando das atividades, aos que torceram para que a chuva desse uma trégua, aos parceiros Marcelo Rezende e Bel, Sr Genivaldo, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, crianças e comunidade do Jardim Califórnia, Olga Sudário do Sítio João de Barro, Kelvin Belinassi, Sheila Lima, moradora da comunidade que faz pães caseiros maravilhosos, Grupo do Yoga na Praça, enfim, a todos que se envolveram neste evento. Foi a abertura de um portal para muitas ações Ecoartivistas, Eco Culturais e Agroflorestais que queremos realizar durante esse ano. Gostaria de chamar para nossa roda os outros Pontos de Cultura que existem em Itapeva, para que possamos trocar e somar”, finalizou a coordenadora do Floresta Urbana, Soraia Nunes.